quinta-feira, 22 de novembro de 2018

noites de domingo

o que é feito das noites de domingo?
dos jogos de cartas à beira do fogareiro
dos resumos das jornadas de futebol
das conversas de fim de fim de semana
enquando se bebem as últimas minis
antes de uma nova semana de trabalho?
o que é feito dessas noites de domingo?

terça-feira, 1 de março de 2016

feira do fumeiro

fui a miranda à feira do fumeiro:
comprei uns sapatos e um livro.
isto agora anda tudo muito estranho, como o tempo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

presidenciais 2016 em palaçoulo

o facto do jorge sequeira não ter tido qualquer voto e do tino ter tido um resultado abaixo do resultado nacional deve ser encarado como um bom sinal. de resto, é o habitual.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

domingo, 15 de novembro de 2015

a navalha de palaçoulo: crítica literária

obviamente que não vou aqui fazer uma crítica literária do livro com melhor título de sempre, não tenho lata nem talento para tal (o título do post foi só para atrair leitores, sabido que a literatura é um chamativo de público). e, já agora, para assuntos desse tipo podem falar com o bitór que num dos dias da festa andava com uma t-shirt do franz kafka.
contudo, mesmo sem fazer crítica literária, posso fazer uma coisa muito mais simples que os críticos também fazem: dar estrelas. e, na escala de bola preta a 5 estrelas, a navalha de palaçoulo, o novo livro de contos do transmontano a.m. pires cabral leva 5 estrelas directas. mesmo antes de ter lido já tinha as 5 estrelas. bastava o nome, claro. depois de ler, as estrelas mantêm-se.

sobre o livro, convém dizer que se trata de um livro de contos daquele que é, na minha opinião, o melhor escritor transmontano da actualidade. a navalha de palaçoulo é o nome do maior e último dos dez contos do livro, que dá também nome ao livro. os contos são todos giros, mas o último é o melhor. não vou desvendar o que se passa, mas o enredo gira, claro, à volta de uma navalha de palaçoulo, que é retratada como merece, como algo com personalidade e não um vulgar objecto. uma navalha de palaçoulo deve ser tratada com respeito, como a páginas tantas é disparado por Herculano Capela, uma das personagens do conto:

-Vai arrepender-se, digo-lho eu. O senhor fez o que fez por ciúme. Mas não se insulta assim uma navalha de Palaçoulo, mesmo em nome do amor de uma mulher.

mais não conto, vão ler que vale a pena.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

legislativas 2015 em palaçoulo:

nas primeiras eleições em que eu não pude votar em palaçoulo, os resultados são os do costume. noto, com alguma preocupação que o pnr está a aumentar a sua votação: costumavam ser dois, desta vez foram três (mas devem ter sido por engano...)

terça-feira, 7 de abril de 2015

super sistema à sandokan

se, em palaçoulo, se falar em sandokan, o que primeiro vem à memória não é o tigre da malásia, o pirata criado pelo escritor italiano Emilio Salgari e popularizado por uma série de televisão. e, por estranho que pareça, o que vem à memória nem sequer é uma pessoa, mas sim um sítio lá para os lados da ribeirica.
o que já nem toda a gente de palaçoulo saberá é que o nome do sandokan é, na verdade, super sistema à sandokan. ora, este pequeno grande pormenor faz toda a diferença, porque mesmo não indicando do que se trata, denuncia logo à partida que é uma coisa em grande, um super sistema. por uma questão de ecomonia de esforço e familiaridade, o pessoal trata o super sistema à sandokan apenas por sandokan. da mesma forma que se trata o sport lisboa e benfica simplesmente por benfica. ou por maior.
toda a gente conhece o sandokan, toda a gente sabe onde fica, mas o que é na realidade esse super sistema à sandokan não se consegue explicar ou sequer compreender. simplificando muito, poderíamos dizer que o sandokan é uma propriedade rural com uma casota. ou uma casa, numa horta, onde se fazem umas petiscadas. mas também toda a gente sabe que é muito mais do que isso: o sandokan é, como agora se costuma dizer numa palavra que pode dizer muita coisa ou nada, um espaço (não apenas físico, mas também mental). para não sermos incorrectos na classificação do tipo de espaço digamos, simplesmente, que é um espaço alternativo. um espaço que cruza saberes e sabores, que abraça variadas áreas, da agricultura ao erotismo, passando pela gastronomia, a filosofia, a música, a dança e as ciências do oculto. um espaço rústico, místico, selvagem e sem fronteiras. entrar no sandokan é entrar num mundo de infinitas supresas e uma única certeza: tudo pode acontecer.
em relação ao que de concreto se passa no sandokan, é certo que algumas coisas (verdadeiras ou falsas, versões reduzidas ou amplificadas) vão saíndo para fora mas, mesmo não sendo explicíto nem cumprido à risca, há uma espécie de código à las vegas: what happens in sandokan, stays in sandokan.

quarta-feira, 4 de março de 2015

eu também queria um passeio

então é assim: a artéria que atravessa palaçoulo, que inclui a rua da indústria, rua do rodelão, largo da cruz e rua das eiricas tem cerca de 1300 metros (medidos pelo conta-quilómetros do carro, para verem que há muito trabalho de campo e que não se vem para aqui mandar postas sem serem devidamente preparadas). ora, desses 1300 metros, apenas cerca de 100 metros (medidos pelo conta-quilómetros do carro, para verem que há muito trabalho de campo e que não se vem para aqui mandar postas sem serem devidamente preparadas) não têm passeio.
há-de haver uma boa razão, que desconheço, para que aquele pequeno troço não tenha sido contemplado com betão. ou então não, e ficou assim porque sim. mas não deixa de ser um pouco injusto que os moradores desses 100 metros não possam sair com os seus sapatinhos de verniz directamente para um passeio.

um pouco mais a sério, que a questão pode ser séria: essa zona sem passeio é uma zona perigosa, porque os carros fogem dos paralelos e aproveitam ao máximo o alcatrão próximo das casas. com curvas, o problema agrava-se. na verdade, o passeio é secundário, o que é realmente urgente é algo que force os carros a circularem por onde devem circular: a estrada. pode ser um monte de pedras, pode ser uma vala, qualquer coisa. é claro que um passeio (ou pelo menos um lancil) fazia mais sentido, e resolvia a situação, mas qualquer coisa serve, desde que seja feita.

o facto de a minha casa estar nesses 100 metros ostracizados é um mero pormenor.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

o meu primeiro casamento

lembro-me bem do meu primeiro casamento. faz anos por esta altura. mais de vinte, meu deus, mas ainda me lembro. a noiva era mais velha, ou mais experiente, como é de bom tom dizer-se. não foi escolhida por mim, foi escolhida para mim, e foi bem escolhida.
lembro-me também de, após o casamento, ter ido convidar a recém-esposa para dançar na festa que sempre havia na casa do povo ao som de uma aparelhagem. como tinha de ser feito, como a tradição mandava, e apesar da timidez.
lembro-me ainda de, depois de ter pago o vinho, já estar a contar com o casamento, mas só quando ouves o teu nome é que realizas o que está a acontecer. ser casado era um passo importante da juventude, mais um marco para enterrar a garotice. já eras considerado um homem pelos homens. se já te casavam, até já podias casar.
o casamento durou pouco, apenas um ano, mas o primeiro casamento é como o primeiro amor: nunca se esquece.

mas agora as pessoas já não se casam. nem sequer no carnaval. devem ser sinais dos tempos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

natal sem missa

não sei da missa a metade
não sei quem tem razão
nem se a razão está toda de um lado.
sei que houve um natal sem missa
sei que é por questões de dinheiro
e sei que a chantagem é uma acção pouco católica.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

proposta para alterar o dia de folar

hoje é dia de folar. já falei do dia de folar aqui, não me vou repetir. hoje, dia de folar, lamento que o folar já não seja o que foi. por várias razões, não há condições para que a ronda de folar se continue a fazer na segunda feira, pelo menos condições que garantam uma grande participação. por isso, a minha sugestão era alterar o dia de folar para o sábado antes da páscoa. para além de que quase toda a gente terá disponibilidade, normalmente é nesse dia que se fazem os folares, pelo que estarão ainda mais frescos e saborosos. claro que a missa de domingo não se poderia continuar a realizar às nove da manhã, pois poderia acontecer um cruzamento temporal entre sagrado e profano com consequências imprevisíveis.
dirão que não, que o dia de folar é segunda de páscoa, que sempre foi assim e tal, que as tradições devem ser mantidas. certo, as tradições devem ser mantidas, mas se a única forma de manter uma tradição é alterá-la, pois assim deve ser.

[esta proposta é, sobretudo, a pensar nas novas gerações. para que não passem pela juventude sem experienciar a magia de um dia de folar em palaçoulo]

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

workshops há muitos...

... mas um workshop de ferro forjado, só em palaçoulo.



se está farto de workshops de sushi, origami, macramé, cozinha macrobiótica, auto-maquilhagem, decoração de interiores e quer experimentar algo realmente diferente e intenso não pode perder este fim de semana o evento organizado pela associação palombar. o professor é do melhor!

mais informações aqui.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

a caleija das nilgas está viva!

serve este post apenas para assegurar que este blog não está morto.
o autor tem andado demasiado ocupado com coisas menos importantes, mas promete regressar em breve.
não desistam de passar por aqui de vez em quando.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

são martinho, magusto, sexta feira, dia 8, palaçoulo

a música é da lérias, das meninas çarandas e da velha gaiteira.
ide, ide, que vai ser bom.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

autárquicas 2013: resultados

assembleia de freguesia de palaçoulo:


câmara municipal de miranda do douro:


assembleia municipal de miranda do douro:

terça-feira, 10 de setembro de 2013

rock stars há muitas...

... mas a verdadeira rock star, perdão, rock sart, está em palaçoulo:

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

poço dos amieiros e poço de carvão

há relatos de mergulhos impossíveis de cinco metros de altura para metro e meio de água;
há estórias de bronzeados à base de manteiga;
há registos de provas de virilidade que não convém serem contadas em sítios públicos como este;
há muita gente de palaçoulo que sabe nadar porque aprendeu naqueles poços.
situados na ribeira de tortulhas, eram o sonho dos mais novos e o pesadelo dos pais que, com razão, temiam os perigos que os poços escondiam. ainda longe da aldeia, eram as bicicletas, as motas ou (à falta de melhor) as pernas que levavam os rapazes para aqueles paraísos de frescura e liberdade nas tórridas tardes de verão.
foram, em épocas diferentes, as piscinas de palaçoulo. carvão, primeiro. depois amieiros, a fase que eu apanhei. para uns, o poço de carvão é que era bom, para outros os amieiros é que eram porreiros. no fundo, parece-me que eram só configurações diferentes do mesmo triângulo: calor, água e juventude.
é verdade que, hoje, nas piscinas há melhores condições, meninas de biquíni, gelados, minis geladas e mais segurança. mas que bem que sabiam aquelas tardes de verão, longe de tudo, só com amigos.

sábado, 29 de junho de 2013

o chefe

há acontecimentos e pessoas que, de tão marcantes, dividem a história em duas partes: um antes e um depois. o nascimento de cristo é o maior exemplo, alterando até a forma como os anos passaram a ser contados. este post é escrito em 2013, porque passam 2013 anos desde o nascimento de cristo, ou seja é escrito em 2013 d.c. .

as abreviaturas a.c. / d.c. têm em palaçoulo (e em particular na mocidade de palaçoulo) um outro significado para além do habitual antes de cristo / depois de cristo, e não tem nada a ver com aquela banda aos berros. significam também antes do chefe / depois do chefe. porque, de facto, a chegada do chefe foi um momento de ruptura.

antes do chefe (a.c.), a mocidade andava desorientada, à deriva, sem líder a quem seguir, sem um exemplo, sem alegria, já quase nem se bebia cerveja. cada um ia para seu lado, ninguém sabia por onde andava, batia-se com a cabeça nas paredes, um caos.
depois do chefe (d.c.), tudo mudou. liderando a mocidade numa espécie de ditadura consentida (o chefe é presidente da direcção, da assembleia geral, tesoureiro e tudo o resto), o chefe impôs a sua lei, o seu povo seguiu-o, a harmonia foi alcançada e tudo floresceu: as raparigas ficaram mais bonitas, os rapazes mais viris, os campos mais verdejantes e as fontes voltaram a correr. uma espécie de paraíso surgiu.

embora partilhem características fundamentais dos grandes líderes (coragem, capacidade de mobilização, carisma) não se queira estabelecer paralelismos entre o chefe e jesus cristo, até porque há diferenças fundamentais entre estas duas grandes personagens:
- jesus cristo transformou água em vinho; o chefe dispensa a água e faz desaparecer o vinho;
- jesus cristo caminhou sobre as águas, o chefe repousa sobre pernas arqueadas;
- jesus cristo tinha doze apóstolos, o chefe tem meia grade de cerveja;
- jesus cristo ressuscitou ao terceiro dia, o chefe vomita ao terceiro dia de borracheira;
- jesus cristo subiu aos céus, o chefe desce à adega;
- jesus cristo está sentado à direita do pai, o chefe está encostado ao balcão da associação;
- jesus cristo foi crucificado, o chefe não morrerá.
viva o chefe!

terça-feira, 4 de junho de 2013

até já, tio joão

O programa “Bom dia, Tio João”, que durante quase 24 anos deu voz, a partir de Bragança, sobretudo aos idosos isolados, está silenciado desde sexta-feira, deixando em “choque” a “família” que fez da rádio uma instituição social.

nunca fui ouvinte do mais famoso programa de rádio de bragança (até porque começava às 6 da manhã), mas isso não significa que não ache o programa interessante. podia não o ser para mim, mas era-o para muitas pessoas que tinham ali uma companhia diária e partilhavam estórias e momentos com uma vasta comunidade de pessoas com os mesmos interesses, conhecidos, conhecidos da rádio ou desconhecidos de todo, na tal 'família do tio joão'. para muitas pessoas a família do tio joão era, provavelmente, a sua única família. era a rádio a cumprir a sua função social. a partir de agora, um programa de proximidade feito por pessoas locais para as pessoas locais passa a ser substituído por programação da M80, provavelmente feita por um computador a partir de lisboa. custa muito a perceber esta opção até porque, dada a popularidade do programa, mesmo economicamente o projecto deve ser viável. enfim, assim vão as coisas, os grandes (media capital) continuam a papar tudo e as especificidades tendem a desaparecer. mas, neste caso, não acredito que o 'tio joão' desapareça. desapareceu da RBA, mas há-de haver alguma rádio local, enquanto houver rádios locais, que aproveite o que foi criado ao longo destes 24 anos. até já, então.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

caleija das nilgas nas plataformas móveis

a tecnologia avança e um blog que se preze não pode ficar indiferente a esses avanços. numa altura em que os smartphones começam a ser tão vulgares ao ponto de até eu já ter uma coisa dessas, urge que este blog já tenha uma versão para esses equipamentos. por certo terão reparado que o blog tem estado parado há algum tempo. não é por acaso, passei mais de um mês a trabalhar para que os ilustres visitantes pudessem, a partir de agora, visitar esta casa a partir do seu telemóvel com um template adequado. foi num trabalho árduo, mas valeu a pena, porque está bem bonito. claro que isto é treta, isto é tudo automático, basta seleccionar uma opção aqui na administração do blog e está feito. a partir do telemóvel ou do computador, vão passando por cá, pode ser que de vez em quando apareçam coisas novas.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

o pão de palaçoulo

[passada a época dos folares, falemos de pão...]

quando tive que viver fora de palaçoulo, os meus amigos e colegas estranhavam o facto de eu comer sempre pão às refeições. sempre. comer sem pão não fazia sentido. fosse carne, peixe, massa, qualquer coisa, tudo era acompanhado com pão. hoje, passados 16 anos (meu deus!!!), é raro almoçar ou jantar acompanhado de pão, a não ser que o tipo de comida o exija ou que esteja em palaçoulo.
depois de uma profunda reflexão, cheguei a três conclusões:
- que estou a ficar velho;
- que estava habituado a comer pão porque o pão era muito bom;
- que fui deixando progressivamente de comer pão porque o pão não era tão bom.

fosse o pão um produto com maior durabilidade e palaçoulo teria outra marca mundialmente conhecida, a par das facas e das pipas.
é mais um dos luxos de morar em palaçoulo e arredores: ter, todos os dias, o melhor pão do mundo fresquinho, ou quentinho, como preferirem.
já para não falar do pão de caleija... que me desculpem as duas padarias da terra que que fazem um pão delicioso, mas ainda assim o melhor pão de palaçoulo é o pão que a minha mãe faz.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

palaçoulo: uma excessiva mediatização?

num comentário a um post anterior, um leitor levanta uma questão interessante relacionada com os benefícios ou problemas que esta recente e crescente mediatização da terra pode trazer à aldeia.

primeiro: se me perguntarem se esta mediatização tem sido excessiva, diria que sim. porque quando as notícias são essencialmente as mesmas, apenas com ligeiras variações de intervenientes deixam de ser notícias no real sentido da palavra e passam a ser reportagens, que se forem pouco mais do que repetições acabam por perder interesse. no entanto, percebo bem este 'excesso' que, quanto a mim, tem a ver com dois pontos principais: um interno outro externo. primeiro o externo, que é mais ligeiro: em tempos de crise, a comunicação social gosta de apresentar, para variar um pouco, bons exemplos, casos de sucesso, sítios onde as coisas ainda correm bem, aldeias industrializadas e sem desemprego, etc. a razão interna é mais polémica: talvez uma das razões para o desenvolvimento das indústrias principais de palaçoulo tenha a ver com a competição entre empresas, sempre (pelo menos desde que eu me lembro) houve mais do que uma indústria a produzir o mesmo tipo de produto. essa competição também se nota quando toca a aparecer na televisão. se uma empresa aparece numa reportagem logo surgirá uma outra reportagem de outro qualquer meio de comunicação social que fala sobre a outra empresa, e por aí fora.

segundo: se me perguntarem se esta mediatização tem trazido benefícios à terra, diria que sim, mas não muito. sim, porque, pelo menos para as empresas é publicidade, boa publicidade, e se é bom para as empresas da terra é bom para a terra no seu todo. não muito, porque me parece que não têm sido exploradas muitas oportunidades, nomeadamente a nível turístico: por exemplo, quando se fala nos restaurantes da terra refere-se sobretudo o facto de (por haver muitos funcionários nas empresas locais) terem muitos clientes nas diárias e venderem almoços para fora, e não se fala na excelente gastronomia local (posta à mirandesa, entre outros). parece-me que se podia aproveitar mais o espaço mediático que a indústria abre para potenciar outros factores da terra como a (já referida) gastronomia , a cultura (caramonico, pauliteiros), os recursos naturais ou a caça. aparentemente também não tem servido para puxar investimento local: por exemplo, fazia sentido a IC5 ter uma saída para a aldeia mais industrializada do distrito, e fazia sentido isso ser dito e reivindicado nessas reportagens.

terceiro: se me perguntarem se esta mediatização tem trazido problemas à terra, diria que não. é certo que já ouvi (sobretudo de pessoas mais idosas) coisas do género 'isto de estar sempre a passar na televisão a dizer que aqui se vive bem ainda vai trazer para cá ladrões', mas situações desse tipo não me parecem prováveis até porque esse tipo de assaltantes de aldeias preferem aldeias isoladas, o que não é o caso (e isso mesmo é confirmado pelas mesmas notícias). também não acho que, como diz o comentador, as pessoas da terra possam estar a cair no "engodo" da comunicação social com coisas do tipo "os governantes de portugal deveriam vir a palaçoulo aprender". as pessoas de palaçoulo são inteligentes e percebem que isso são soundbytes que a comunicação social adora. a televisão não vai convencer ninguém com baixa qualidade de vida que tem uma boa vida só por viver em palaçoulo, quando ela sabe que não é assim. e ninguém conhece as pessoas de palaçoulo melhor do que as próprias pessoas de palaçoulo. mas uma coisa é certa, ninguém duvide que num sábado à noite, a altas horas da madrugada, num qualquer café de palaçoulo, se encontravam quatro ou cinco gajos com melhores ideias para este país do que o passos coelho e seus amigos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

venham mais cinco!

a caleija das nilgas faz hoje cinco anos cinco. e, como dizia o outro, venham mais cinco!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

o que é que francis ford coppola tem em comum comigo?

ambos somos consumidores de produtos made in palaçoulo.

já se sabia que o realizador de apocalypse now e de o padrinho era senhor de bom gosto. esta notícia é só uma confirmação:
a notícia, publicada na revista fugas (do público), já é do sábado passado, mas só ontem (e por acaso) lhe pus a vista em cima.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

já três ou quatro meses que não havia uma reportagem deste tipo, já tardava:

desta vez, na rádio renascença.

Renascença V+Ver todos os videos
A aldeia sem desemprego
Rádio RenasceçaMais informação sobre este video

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

são sebastião

palaçoulo tem muitas festas e todas as festas são diferentes. são sebastião é a festa de inverno de palaçoulo, a única festa em tempo frio. o dia de são sebastião é dia 20 de janeiro e a festa é no domingo mais próximo. este ano coincidiu, o que tem sempre mais piada.

é uma festa de todo o povo, mas é talvez a festa mais local ou bairrista da terra. no sentido em que o pessoal do rodelão (no sentido da parte de baixo da aldeia, e não apenas da rua do rodelão) lhe tem um carinho especial. é normal, tendo em conta que o próprio santo mora no rodelão, na sua capela que até é mais antiga que a igreja matriz.

mas a principal particularidade e curiosidade da festa de são sebastião tem a ver com o peditório. ou melhor, com as oferendas que são feitas e com o que se faz com elas. em vez de dinheiro, e por ser época de fumeiro, a são sebastião oferecem-se chouriças, chouriços, alheiras, orelhas de porco, pés de porco e outros petiscos, o que nos leva a supor que o mártir também gostava das coisas boas da vida. também lhe oferecem vinho, guindas, azeitonas, bolos e outros acompanhamentos. no final da missa, as ofertas são leiloadas. normalmente, o que acontece é que quem oferece acaba por comprar (em leilão) a sua oferta. mas nem sempre isso acontece e muitas vezes, por picardia ou simplesmente por interesse, alguns lotes são levados a valores altíssimos. quando o leilão começa, o lume já está feito e a mesa já está posta. começam a chegar chouriças e vinho, começa-se a assar, a comer e a provar vinhos. come-se e bebe-se enquanto o leilão dura e bem depois do final, até que as barrigas estejam satisfeitas. quem compra faz o que quer com o lote, mas o que muita gente faz é deixar na mesa comunitária para partilhar. toda a gente pode comer, mas, em princípio, apenas quem compra alguma coisa e deixa na mesa se sente à vontade para participar no lanche ajantarado.
tirando uma certa ostentação que ninguém leva a mal e que o santo agradece, a festa é bonita e o convívio é saudável.

também há baile, com gaita, caixa e bombo e até conjunto, mas o mais importante desta festa são mesmo as chouriças.

já não estava na festa de são sebastião há alguns anos, já passou mais de uma semana, mas ainda não tinha tido vagar de deixar aqui um registo sobre tão tradicional festa e não podia deixar de o fazer.

p.s. por falar em fumeiro, hoje comi bulho ao almoço. devia tê-lo deixado cozer mais quinze minutos, mas estava delicioso.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

reorganização autárquica

a reorganização autárquica está em andamento:

Cavaco promulga mapa de freguesias, mas alerta para riscos nas autárquicas

segundo a anafre, no concelho de miranda, 12 das 17 freguesias não reunem os critérios de organização territorial

Assim sendo, restariam apenas 5 freguesias:
- palaçoulo;
- sendim;
- duas igrejas;
- miranda;
- são martinho.
enquanto que aguas vivas, atenor, cicouro, constantim, genísio, ifanes, malhadas, paradela, picote, póvoa, são pedro da silva e vila chã da braciosa seriam freguesias a agregar.

a forma como esta agregação vai ser feita ainda não está, pelo menos que eu saiba, decidida. voltaremos, portanto, a este assunto de máxima importância quando houver novidades.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

já era altura do canhono ter o reconhecimento merecido

Cordeiro Mirandês e Cabrito do Alentejo são produtos protegidos

quando se fala de gastronomia mirandesa é incontornável falar-se da posta à mirandesa. percebe-se que assim seja. não se percebe tão bem que habitualmente se esqueça o delicioso cordeiro mirandês. pode ser que agora passe a ser lembrado como merece.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

barrancos i talabancos de l termo

domingo, dia 21, pelo termo de palaçoulo, em btt:

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

festa de santa bárbara

diz o ditado que só nos lembramos de santa bárbara quando há trovoada. em palaçoulo não é bem assim. há pelo menos outro dia em que nos lembramos dela, normalmente no segundo ou terceiro domingo de setembro, o dia em que lhe dedicamos a festa.

é inquestionável que "a festa" de palaçoulo é 2 de setembro, sem discussões. porém, se perguntarmos aos caramonicos qual a festa da terra que mais gostam, acredito que a maioria escolhesse a festa de santa bárbara. é mais caseira, mais íntima, mais tradicional. tem características únicas e um encanto muito particular. o peditório com os pauliteiros (que tem início solene na igreja com o acto de contrição), a procissão com todos os santos, a gaita, caixa e bombo, a actuação dos pauliteiros à saída da igreja. e, nos últimos anos, o festival de folclore da caramonico (este ano, a XII edição). é também a festa mais democrática de todas as festas: os mordomos rodam pela aldeia, quatro casas por ano, sejam novos ou velhos, pobres ou ricos, bonitos ou feios, todos são mordomos e a festa é de todos.

este ano, no sábado, em vez do habitual conjunto até temos um baile "à moda antiga", com grupos de música tradicional. não é para dançar, é para bailar! 15 e 16 de setembro, não é para faltar! nem que haja trovoada...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

ao cuidado da junta de freguesia de palaçoulo, da junta de freguesia de sendim e da junta autónoma de estradas

comecemos por supor uma situação inverosímil: alguém que não sabe onde fica palaçoulo. suponhamos que essa pessoa, depois de tanto ouvir falar em tão bela terra, se mete no carro e resolve ir até lá. ic5, maravilha, saída para palaçoulo, muito bem. depois de sair, é bem provável que essa pessoa vá parar a sendim, muito mal. porque não viu que para seguir em direcção a palaçoulo tem de virar à esquerda no cruzamento. está lá uma placa, é verdade, mas é uma daquelas placas antigas de cimento, baixinha e com letras desbotadas que passam perfeitamente despercebidas. urge ali uma sinalização clara e bem visível. o ideal talvez até fosse uma rotunda, o que serviria também para evitar as famosas multas do stop. alguma coisa, mas assim não está bem.

é claro que, como disse inicialmente, a hipótese de alguém não saber onde fica palaçoulo é pouco credível. mas ele há gente para tudo, e não devemos permitir que uma tal alma desorientada se desoriente ainda mais.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

permitam-me abrir uma excepção neste blog mono-temático...

para felicitar a minha segunda terra e o meu segundo clube. parabéns BRIOOOOOSA!!!!!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

petição contra o encerramento da escola primária de palaçoulo

não sei se isto serve de alguma coisa, mas não custa nada assinar. aqui

quarta-feira, 7 de março de 2012

nossa senhora já tem um blog

bom, não é bem nossa senhora, mas a comissão que lhe organiza as festas em palaçoulo.

todo o cidadão que espera ansiosamente pelas maiores festividades do ano deve consultar regularmente

http://festas-verao-palacoulo2012.blogspot.com/

para estar a par das actividades que se vão fazendo e ficar a saber am primeira mão as novidades sobre as festas.

[o link para o blog das festas passa a estar disponível na barra lateral deste blog, no separador "coisas de lá"]

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

quatro anos


o caleija das nilgas faz quatro anos. já está crescido e qualquer dia já vai para a primária, ou 1º ciclo, ou lá como aquilo se chama agora. esperemos que nessa altura ainda haja escola para onde ir. a pé.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

o mirandês no new york times

In Portugal, Mirandese Spoken Here — and Only Here

depois desta publicação, vai vir charters de americanos para o planalto mirandês.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

montaria do pessoal de palaçoulo na rtp

este ano a mui famosa montaria da casa do pessoal da rtp vai acontecer em palaçoulo, no dia 11 de fevereiro. (mais informações aqui)


este evento faz parte de um intercâmbio estabelecido entre a aldeia de palaçoulo e a televisão pública, que ira prosseguir em março com a I montaria do pessoal de palaçoulo, a realizar nas instalações da rtp.
catarina furtado, sílvia alberto, sónia araújo e outras espécies selvagens da estação serão soltas pelo edifício da rtp prontas para serem caçadas pelos valentes caçadores caramonicos. quem caçar o malato tem um prémio: fazê-lo feliz. que conste, para todos os efeitos, que eu não sou caçador.

[nota: consegui resistir ao trocadilho entre montaria e montar as espécies.]
[nota(2): afinal não consegui.]

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

burela

[nota prévia: embora a personagem merecesse por si só um ensaio filosófico, este pequeno texto refere-se apenas ao café, com o nome do dono]

-logo à noite em burela?
-claro.
nem era preciso perguntar, mas era só para confirmar.
depois de jantar, lá ia chegando toda a gente. e não era um chegar de ir tomar café, era chegar para ficar. estacionar. até onde a noite levar. onde a cerveja e a conversa, sobretudo a conversa, levar. e às vezes levava muito longe, muito tarde. por isso não era fácil explicar sem que soasse a mentira, ao chegar a casa às seis da manhã, que se tinha estado simplesmente no café, à conversa. também não devia ser fácil perceber, para alguém que tinha tomado café à noite, ao chegar para tomar o café da manhã, que o mesmo grupo de pessoas ainda estivesse sentado à volta da mesma mesa de há oito horas atrás. mas muitas noites eram assim, sobretudo ao fim de semana, e (claro) nas férias (nas longas noites de inverno, havia indivíduos que chegavam a estar doze horas lá...). após acesas negociações com o proprietário, conseguiu-se que fosse feito um profundo investimento, que traria melhores condições para o pessoal aguentar mais tempo: uma máquina de fazer tostas veio alterar a dieta alimentar de muita gente, que já estava habituada a comer moelas, orelha ou codornizes às duas da manhã. dada a estabilidade do pessoal, o horário de fecho passou das 2h para as 4h da manhã (desconfio muito que houvesse uma aldeia que tivesse um café aberto até às 4), e não era por isso que fechava muitos dias antes da hora.
muitas discussões aconteceram
poucas conclusões se alcançaram
muito combustível ficou por se gastar
muitas festas acabaram mais cedo
muitos engates ficaram por fazer
por se ficar ali a conversar
com amigos e prazer...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

o caralho é que a tdt é grátis


comecemos por supor que eu até estava a pensar comprar uma televisão nova (suposição verdadeira), que a minha até já nem liga (suposição verdadeira), logo agora que a casa dos segredos está quase no fim e eu quero ver se a cátia e o marco se enrolam ou não (cheira-me que sim), e que, já agora, ia comprar uma televisão preparada com receptor de televisão digital terrestre - tdt, para não ter de mais tarde comprar um adaptador (suposição verdadeira).
suponhamos ainda que eu estou em leiria (suposição verdadeira).
nesta situação a tdt seria grátis.
suponhamos, agora, que eu estou em palaçoulo (suposição verdadeira, que devia ser verdadeira mais vezes).
nesta situação a tdt iria custar-me 138 euros.
como palaçoulo não tem cobertura digital (nem está previsto que vá ter, segundo me informou a senhora que me atendeu na assistência e levou, coitada, com as minhas queixas), de nada servem as televisões com receptores e é necessário um kit TDT Complementar via satélite (DTH) que custa 77 euros (mais 96 para cada televisão extra). mas este kit não vem completo, porque falta a necessária antena parabólica que vem com o técnico de instalação do kit por mais 61 euros. (aparentemente estes 61 euros podem ser poupados, se tiveres já uma parabólica, os cabos e conseguires pôr aquilo a funcionar...).

este é só mais um recente exemplo da discriminação "positiva" que tantas vezes é defendida em comícios nas cidades do interior.

[esta situação faz-me lembra uma muito engraçada que acontece com o gás: o gás natural é taxado com iva de 6%. os coitados que não têm acesso ao gás natural (interior, sobretudo) para além de terem de carregar as botijas (que não são nada leves) para casa têm de pagar 23% de iva. ao que parece esta desigualdade está para terminar. como? taxando este bem de primeira necessidade ao valor mais alto para toda a gente, pois claro...]


mas vejamos o lado positivo da coisa: podemos entrar no guiness, naqueles recordes à portuguesa, como a região no mundo com maior percentagem de casas com antenas parabólicas.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

palaçoulo lança candidatura a patrimómio imaterial da humanidade: a dança do i-ó-é

depois do fado, portugal prepara-se para ter outra das suas mais importantes manifestações culturais reconhecida como património imaterial da humanidade.
fontes bem informadas (sediadas na rua das latas) garantem-me que em palaçoulo já se trabalha junto das instâncias da UNESCO para lançar a candidatura da dança do i-ó-é a tão importante distinção.

a dança do i-ó-é é uma dança individual de movimentos delicados, plena de sensualidade e que deve (se possível) ser acompanhada de uma cerveja e um cigarro. para além da rara beleza, os pontos fortes da candidatura apontam alguns aspectos muito particulares desta dança:

- a capacidade de estupefacção: ninguém que assista à dança do i-ó-é fica indiferente, e quem assiste pela primeira vez pode mesmo ficar em estado de choque;

- a adaptabilidade: pode ser dançada ao som de qualquer género musical (eventualmente até sem música), com ligeiras alterações coreográficas mas mantendo sempre a sua marca fundamental, a sedução;

- a dimensão multi-cultural: o i-ó-é é uma dança com origem em palaçoulo mas que tem grandes influências africanas, francesas e alemãs que resultaram da passagem do seu mestre por esses territórios;

- a exclusividade: apenas uma pessoa no mundo a consegue executar na perfeição, Eliseu Fernandes;

- a classe do artista.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

a propósito do post anterior

há uns tempos atrás, numa tentativa arrojada de cortar presunto a quatro mãos, eu (que também tenho a mania que sou um dos melhores cortadores de presunto de palaçoulo) ia cortando um dedo ao melhor cortador de presunto de palaçoulo. ainda houve sangue...

ao cuidado do orlando teixeira, melhor cortador de presunto de palaçoulo

da próxima vez, quero o presunto servido assim, se faz favor:

a propósito da notícia:
Cortar presunto é uma arte, e Zacarias é mestre: Zacarías Píriz Estévez é Mestre Cortador de Presunto, Faca de Ouro, e presidente da associação dos cortadores de presunto de Espanha - e na sexta-feira passada fez uma demonstração da sua arte na Fortaleza do Guincho, onde o chef Vincent Farges recebeu a 2ª edição da Rota das Estrelas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

caleija das nilgas ultrapassa os dez mil...


raios... o blog atingiu esta semana as 10 mil visitas, nem me apercebi, e por isso passou ao lado a grande festa comemorativa que estava preparada para o efeito. paciência, vou ter que beber esta cerveja toda, e agora vamos ter que esperar pelas 100 mil visitas...

palaçoulo, scut's e discriminação positiva

serve este post para informar os meus carros conterrâneos de uma situação que eu não sabia, e por ter achado tão surpreendente, suponho que outros também possam não saber, mas que pode ser útil:

depois de um enchente de multas por não pagamento das scuts nos correios, lá me resolvi meter a via verde. como de palaçoulo a qualquer scut vão uma carrada de quilómetros, nem me ocorreu falar das questões de discriminação positiva para moradores de concelhos que fiquem a menos de 10 ou 20 Km das ex - auto-estradas sem custos para o utilizador.
mas o certo é que a menina da via-verde insistiu (ainda bem) em experimentar com o código postal e sim: temos direito a discriminação positiva na A24 (vila real - viseu), o que permite passar lá 10 vezes por mês sem pagar, o que é muito bom para empresas e habitantes locais. a questão dos 10 ou 20 km que está na lei não é bem assim, não sei bem como fazem esse cálculo (acho que deve ser do tipo: basta que um concelho do distrito fique a menos de 20 km e já funciona), mas já sabem: se forem fazer via verde (ou se já tiverem) têm direito a discriminação positiva na A24.

provavelmente já sabiam disto, mas para mim foi novidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

palaçoulo, a terra do pecado?

que palaçoulo é uma terra sexy, sente-se mesmo ao passar de carro com uma nesga do vidro aberto;

que a noite de palaçoulo é a loucura, sabem todos os que se deitam tarde, acordam cedo ou têm sono leve;

que as mulheres de palaçoulo são lindas, ninguém de bom gosto duvida.

no entanto, serão razões suficientes para num curto espaço de tempo dois jovens sacerdotes da paróquia trocarem o amor a deus por amores mais terrenos?
hummm, cá para mim deve ser da água...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

festas 2011

este ano, em vez de uma reportagem sobre as festas de palaçoulo, segue uma sondagem:

qual foi o melhor dia das festas 2011?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

este mapa legendado diz muito sobre esta aldeia


segundo os resultados dos censos 2011, palaçoulo foi a freguesia do concelho com maior crescimento de população (entre 10 e 20%) entre 2001 e 2011. num concelho a perder residentes, onde apenas a capital também está em crescimento (embora menor), isto deve querer dizer alguma coisa. coisa boa.

domingo, 26 de junho de 2011

é por coisas como estas que o chefe é chefe

pormenor do perfil do chefe no facebook


mais se informa, aos interessados e interessadas, que se encontra numa relação aberta...

terça-feira, 14 de junho de 2011

o melhor poeta nascido em portugal já está traduzido na melhor língua falada em portugal

"Mensagem", de Fernando Pessoa, traduzida para língua mirandesa

a tradução é de amadeu ferreira, que tem feito um notável trabalho de tradução de poetas portugueses (e estrangeiros) para mirandês, no seu blog cumo quien bai de camino

o seguinte poema (da mensagem, de pessoa) foi retirado de lá.


Oulices

L mito ye l nada que ye todo.
L mesmo sol que abre ls cielos
Ye un mito relhuziente i mudo –
L cuorpo muorto de Dius,
Bibo i znudo.

Este, que eiqui agarrou puorto,
Fui por nun star eisistindo.
Sien eisistir mos bundou.
Por nun haber benido fui benido
I mos criou.

Assi la lhienda se scuorre
A antrar na rialidade,
I a ampenhá-la passa.
Ambaixo, la bida, metade
De nada, se muorre.

Ulisses

O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo –
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.

Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

da injustiça do sistema eleitoral

"um voto é um voto", "todos os votos valem o mesmo" e outras que tais são frases mais ou menos recorrentes principalmente nesta época de eleições. acontece que, nas legislativa, são falsas. o voto de um eleitor de palaçoulo (círculo de bragança) não é igual ao voto de um eleitor de lisboa, ou porto, por exemplo. para alguém que queira votar noutro partido que não o ps ou psd, o seu voto não vale nada. isto graças ao sistema de círculos distritais de eleição dos deputados. bragança elege 3 deputados. é praticamente garantido que este ano são 2 para o psd e 1 para o ps. para que um único partido ganhe todos os 3 deputados, segundo o método de D'Hondt, seria necessário que esse tivesse mais do que o triplo dos votos do 2º partido mais votado, o que me parece pouco provável. para que um outro partido que não ps ou psd possa ganhar um deputado seria necessário ele ter mais de metade dos votos do partido mais votado, o que também não parece nada possível. por isso, é praticamente directo que o ps e o psd ganham cada um um deputado e apenas se disputa o 3º, que vai para o partido mais votado. este ano, e em bragança, parece-me claro que será o psd.
como acabar com esta injustiça é muito simples: basta que passe a existir um único círculo nacional que eleja deputados nacionais em vez de eleger deputados regionais (que na verdade são deputados nacionais) como acontece, por exemplo, nas eleições para o parlamento europeu. nesse caso sim, todos os votos valem o mesmo e um eleitor de palaçoulo tem o mesmo poder de decisão do que um eleitor lisboeta.

para além de que o actual sistema permite situações em que o partido mais votado não ganhe as eleições (tendo menor número de deputados do que o segundo). talvez que quando isto acontecer (é certo que é pouco provável, mas pode acontecer) se repensem os métodos a usar...

terça-feira, 31 de maio de 2011

jorupife: um blog sobre imagens do planalto

é urgente visitar um novo blog de fotografias de palaçoulo e do planalto.
as fotos são muito boas e o autor é um bom rapaz e um bom amigo.

espreitem aqui o que ele anda a espreitar.

(o link http://jorupife.blogspot.com/ passa a estar disponível na barra lateral deste blog)

festa de maio

a festa de maio é, neste momento, a festa de palaçoulo que mais se aproxima do que eram as festas há uns anos: um dia, domingo, com a sequência peditório - almoço - missa - baile - jantar - baile - trabalhar no dia seguinte.
com a festa de 2 de setembro transformada em festival de vários dias e a festa de santa bárbara a apostar no festival de folclore, a festa de maio mantém-se fiel à estrutura clássica. é bom que as outras continuem a direcção que estão a seguir e é bom que esta se mantenha como está. se possível com uma pequena alteração em sentido - lá está - do passado: mais tempo de festa à tarde.

terça-feira, 26 de abril de 2011

hoje foi dia de palaçoulo na antena 1

A Antena1 começou esta manhã uma ronda por várias aldeias do país que são exemplos de desenvolvimento.

Na aldeia de Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, o jornalista José Guerreiro moderou um debate sobre a crise e o presente e o futuro da localidade com quatro convidados: Manuel Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Palaçoulo; Domingos Martins, representante da associação cultural Caramonico; Hélio Martins, representante da Tanoaria J.M. Gonçalves; e Silvestre Marques, da cutelaria Martins.
Antena 1 - Debate sobre a aldeia de Palaçoulo, em Miranda do Douro

O repórter José Guerreiro entrevistou o cuteleiro José Afonso Martins e o tanoeiro Manuel Gonçalves. As suas empresas são dois dos motores da aldeia transmontana onde não há desemprego.
Antena 1 - Entrevista a José Afonso Martins e Manuel Gonçalves

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

frio

hoje, em palaçoulo, nem os perros param na rua.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

o gato da gaita*

era uma vez (é assim que todas as estórias devem começar) um velho gato que vivia com os seus três filhos na rua dos gatos (é ali que todos os gatos devem morar), em palaçoulo (é lá que toda a gente gostaria de morar). com seis vidas esgotadas e a última a chegar ao fim, o velho gato decidiu que era altura da distribuição de herança. ao filho mais velho, o gato deixaria casa e terrenos. ao filho do meio entregaria o mapa completo dos trilhos dos ratos na região, que lhe garantiria barriga cheia para a vida. ao filho mais novo daria uma velha gaita de foles, calada há muitos anos, desde o dia em que o raio de um raio de trovoada lhe tirou a gata amada, e mãe de seus três filhos, enquanto passeavam pela ribeirica. dias depois da conversa com os filhos, o velho gato morreu e os filhos foram à sua vida. os dois mais velhos sem problemas, com futuro garantido. o gato mais novo ficou sem saber o que fazer, agarrado à única coisa que tinha - a velha gaita de foles. tinha ainda uma vaga ideia de ouvir aquela coisa tocar, mas foi por instinto e não por qualquer memória visual ou ensinamento antigo que começou a tocar tal instrumento. no início, enquanto a afinação não era a melhor, escondia-se nos montes a praticar, num misto de vergonha e respeito pelos involuntários ouvintes. mas depressa aquele som começou a ficar limpo e encantador, de tal forma que as gatas com cio começaram a ser atraídas por tão bela melodia e acorriam em romaria ao monte onde o gato treinava. e mais gatas iam chegando, com cio ou sem ele, e não queriam saber de outros gatos, senão daquele que tão bem tal gaita tocava. e todas se lhe ofereciam, mas ele não queria saber de outras gatas, senão daquela que uma vez tinha visto, e nenhuma vez esquecido, à porta daquele palácio do reino de seu pai, e seu reino. e apareciam todas as gatas do reino, menos a princesa, e todos os dias ele a procurava com o olhar, no meio daquela multidão que crescia a cada dia. até que numa tarde, ele a descobriu meio escondida por um arbusto. e no dia seguinte voltou a aparecer, e cada vez se aproximava mais e os olhares que iam trocando antecipavam a paixão que acabou consumada numa noite em que ela fugira de casa, enquanto os pais pensavam que dormia. tinha agora a sua amada ao lado, mas as outras gatas não desarmavam, e não deixavam respirar a relação. e os outros gatos já começavam a desesperar, sem gata que os procurasse, e rogavam pragas ao gato e à gaita. a situação ameaçava ficar fora de controlo, até que o gato da gaita teve uma ideia: iria ensinar os gatos da terra a tocar gaita-de-foles, para assim dividir a atracção feminina. e assim fez, começou a ensinar, e todos os gatos apareceram, e todos aprenderam (uns melhor, outros menos afinados, mas aprenderam), e recomeçaram a conquistar as suas gatas, e a libertar o gato da gaita para o seu grande amor. o equilíbrio ficou estabelecido, e todos foram muito felizes para sempre (é assim que todas as estórias devem acabar).

foi por causa desta história que, muitos anos mais tarde, surgiu uma escola de música tradicional (lérias) com sede no número um da rua dos gatos, em palaçoulo.
ou então foi ao contrário,
e foi por causa do aparecimento de uma escola de música tradicional (lérias) com sede no número um da rua dos gatos, em palaçoulo, que, poucos anos mais tarde, surgiu esta estória.

*estória (muito livremente) inspirada na popular "o gato das botas" e publicada na edição nº1 da leriazine, a fanzine da lérias, que por esta altura já deve estar esgotada (senão, corram a comprar).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

já estava na hora de palaçoulo entrar na rota dos grandes concertos

15 de outubro, 2010, sexta-feira
salão caramonico

não conhecia os L'herbe folle, mas gostei muito de conhecer. podem fazê-lo no sitio da banda ou no seu myspace

uma amostra da actuação ao vivo:



concerto integrado no OuTonalidades 2010, que voltará a passar por palaçoulo, lá para dezembro.

organização do evento: D´Orfeu Associação
em palaçoulo: Lérias Associação Cultural e Caramonico Associação

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

novo poiso

primeiro, coimbra
depois, aveiro
agora, leiria.
sempre palaçoulo.

aos saltos pela região centro
mas o meu centro continua o mesmo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

2 de setembro

as festas de palaçoulo
são boas todos os dias,
mas a festa
é dia 2 de setembro.
é o dia da missa,
da procissão,
da banda de música,
da tarde na praça,
da entrega da festa,
do jantar mais demorado,
do fogo de artifício,
das estreias de fatos,
das estreias de vestidos,
das estreias de namorados,
dos óculos de sol que tentam, em vão,
esconder os excessos da semana de festas.
dia 2 de setembro
é o dia em que se revê aquela pessoa
que já não se via desde a mesma data do ano anterior,
é o dia em que se nota a ausência de quem
se costumava ver, pelo menos, no dia da festa.
é o dia em que se percebe que os filhos dos amigos já estão crescidos
e o dia em que se percebe que os amigos dos filhos já bebem cerveja.
dia 2 de setembro
é o dia em que quem não está
é mesmo porque não pode
ou pelo menos assim queremos que seja,
já que, incompreensivelmete, o dia mais importante do ano
não consta da lista nacional de feriados.
um ano tem 365 dias,
há até alguns anos com 366 dias,
mas dia 2 de setembro
é que é o dia.

terça-feira, 13 de julho de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010

esta não é diç que...

este fim de semana, a não perder!





mais informações no sítio da lérias

segunda-feira, 26 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

castelo da serra

-bom dia!
-bom dia! estás bem disposto, hoje...
-sim, mas porque dizes isso?
-ontem à noite tinhas o carro no castelo da serra...
-sim, e??...
-safaste-te, o que estavas lá a fazer àquela hora?
-a telefonar, mas não tens nada a ver com isso.
-sim, sim, vem-me com essa conversa que ali há boa rede...
-ok, deixa lá isso.

eis uma possível conversa à hora do café do almoço. é verdade que o sítio é propício para pares de namorados verem as estrelas (no sentido literal e figurado), mas não se vai lá só para isso. sem ser propriamente um miradouro, é um lugar com uma vista brutal, de horizontes longínquos em todas as direcções e sentidos. é um sítio bom para namorar, mas também para ler, conversar com amigos, para estar sozinho, para pensar, para quem, de vez em quando, gosta de trocar o frio da sanita pelo fresco ar do campo, ou simplesmente para se estar.

o castelo não é mais do que um simples marco geodésico. mas ficou castelo. e por ser na serra, castelo da serra. é o castelo de palaçoulo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

dia do pai

só para informar que o melhor pai do mundo é de palaçoulo.
e a melhor mãe do mundo também.

aquela terra é mesmo especial.

quinta-feira, 18 de março de 2010

vá plantar uma árvore

já agora, tenha um filho e escreva um livro. e a sua existência como ser humano ficará completa.

dia 21 de Março
(dia da árvore)

uma organização da lérias

com o apoio do Município de Miranda, Freguesia de Palaçoulo, Caixa de Crédito Agrícola, AEPGA e Caramonico Associação

(mais informações no sítio da lérias)

segunda-feira, 15 de março de 2010

IC 5

já mexe a grande obra porque portugal esperava.
não, não é o tgv. não é o aeroporto internacional de lisboa. também não é a vigésima auto-estrada porto-lisboa. mas é uma estrada, mesmo sem ser auto.
a tão esperada IC5, entre miranda do douro e algures perto de murça (traçado a vermelho, na figura), começou finalmente a ser construída.


as queixas de que as ligações à capital (embora não administrativa) do país eram muito fraquinhas vão perder força. palaçoulo vai ficar mais perto do resto do país, e cidades tão isoladas como o porto passam a estar a cerca de 2 horas de onde tudo se passa. ir tomar café à associação ou jantar a burela passa a ser um luxo permitido a muito mais gente.
também a nível económico as implicações serão enormes. empresas do norte que se queixavam, e com razão, das vias de comunicação para colocar os seus produtos nos grandes centros vão ver a sua situação muito melhorada.
o fim da crise, quando chegar, chegará por esta estrada. acreditem. por isso é bom que a acabem depressa.

a IC5 passará a cerca de 5 km de palaçoulo, na zona da antiga linha de comboio.

(já agora, o traçado a laranja representa outra grande obra para o país, que também já arrancou - o traçado do IP2 entre macedo de cavaleiros e celorico da beira. também para o pessoal do interior e sul de portugal, palaçoulo ficará mais perto. boas notícias para todos, portanto...)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

2 aninhos


o 'caleija das nilgas' festeja por esta altura o seu 2º aniversário. como prenda aos leitores fica a promessa de uma presença mais regular por aqui nos próximos tempos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

só para esclarecer que...

o facto de levar coisas para fazer para férias para palaçoulo
faz com que nos tempos seguintes não tenha tempo para fazer nada
incuíndo vir aqui actualizar o blog.

(e eu já devia saber disso, mas...)

sábado, 26 de dezembro de 2009

sorteio de futsal

28 de dezembro 2009
18h. pavilhão multiusos de palaçoulo

(atribui-se um número a cada jogador incrito.
No final, sorteiam-se as equipas-
As inscrições terminam às 18h, do dia 28.)

Jantar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

a não perder, em época de natal

Caramonicos - uma viagem por palaçoulo através de fotos, filmes e textos em mirandês. uma mostra, pela caramonico.
de 26 a 30 de dezembro, 2009
16-18h e 20-22h
salão da caramonico

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

teatro de natal no natal

quando? 19 de dezembro. 21 h.
onde? salão da Caramonico.
quem? grupo de teatro de Palaçoulo.
quanto? nada.
e então? não faltar.


sábado, 7 de novembro de 2009

biblioteca itinerante da fundação Calouste Gulbenkian

aqui em aveiro, numa rua perto da praça está estacionada há anos uma carrinha vermelha da biblioteca itinerante Calouste Gulbenkian. sempre que passo lá vem-me à lembrança a imagem de uma carrinha igual, que às quartas-feiras estacionava na praça de palaçoulo, durante anos, há muitos anos atrás. é daquelas imagens boas que perduram, como as imagens daquelas outras carrinhas de circo ou teatro amador, normalmente uma família, que de vez em quando chegavam à aldeia para uma actuação em troca da boa vontade do público.

chegava durante a tarde, aquela carrinha cheia de livros, com corredor no meio, conduzida por aquele simpático senhor de quem não recordo o nome, mas bem a imagem. chegavam as pessoas com os livros para entregar e com ideias de novos livros para levar. percorriam o corredor, escolhiam outros e levavam para casa. quando não aparecia mais ninguém a carrinha partia. e voltava noutra quarta-feira (penso que vinha de de duas em duas semanas).

até uma quarta-feira que a carrinha vermelha não apareceu. na próxima tão pouco. e nunca mais apareceu, sem aviso. e os livros que tinham sido requisitados na última aparição ficaram com quem os tinha requisitado. foi a última de muitas prendas que a biblioteca itenerante caloust goulbenkian deu a tanta gente.

[esta pequena memória, em jeito de agradecimento, é sobre palaçoulo, mas podia ser sobre tanta terra, sobretudo do interior, onde o acesso à cultura é tão complicado. a biblioteca itenerante levava, de forma gratuita, cultura, sonhos e novos mundos às pessoas. foi uma grandiosa iniciativa de uma fundação, mas essa é uma missão que pertence ao estado, e que nunca cumpriu.]